Manifestando a Graça de Deus na Adoração.



Texto: Is 6:1-7
Introdução:
W. T. Conner escreveu: “O negócio primário, pois, da igreja não é a evangelização, nem as missões, nem a benevolência; é a adoração. A adoração a Deus em Cristo deveria estar no coração de tudo o que a igreja fizesse. Ela é a mola mestra de toda a atividade da igreja”.
Adoração cristã significa encontro com Deus. Você pode dizer quem está sendo adorado, no domingo, numa determinada igreja, verificando a quem a cerimônia está tentando agradar.
Liturgia, culto e adoração são três termos importantes em relação à prática religiosa que, caso sejam bem compreendidos, enriquecerão nossa experiência espiritual.
Nossas formas, atitudes e sentimentos são básicos na expressão do tributo que devemos a Deus e liturgia, culto e adoração têm que ver com eles.
A liturgia tem há ver mais com nossas formas; culto, com nossas atitudes e adoração, mais com sentimentos e compreensão da relação de dependência e do sentimento de temor ao Deus a quem adoramos.
Dizemos que cada igreja tem sua liturgia e seu estilo de adoração. Isto não deixa de ser uma verdade. Liturgia é aquilo que temos à mão para oferecer a Deus um culto aceitável, genuinamente autêntico e que expressa nossa submissão, dependência e serviço a Ele. Isto reflete diretamente na nossa adoração.
Adoração (Proskuneo) é uma palavra que significa reverenciar ou homenagear. É usada cerca de 59 vezes no Novo Testamento para indicar a comemoração que rende a uma pessoa ao prostrar-se a seus pés.
Também indica o fato de prestar homenagem ou tributo divino (Mateus 4:10, João 4:20-21, Hebreus 1:6). Sua tradução literal seria: “Beijar a mão ou o piso diante de”.
Considerando o acontecimento na vida de Isaias, podemos perguntar: Quanto a adoração manifesta a graça de Deus?
Acredito que temos aqui duas situações que manifestam a maravilhosa graça na adoração:
1. Na atitude reverente do adorador – v. 1-5
Encontramos aqui anjos e homem com um só sentimento: reverência diante de Deus. Reverenciar é reconhecer a superioridade. No caso de Deus é reconhecer a sua soberania, sua majestade.
O excesso de intimidade gera irreverência. Ser irreverente com relação a Deus é rebaixar Deus ao nosso nível, é tratá-lo como se fosse um de nós.
“O primeiro sinal da decadência de um povo é o abandono de um elevado conceito de Deus” (A. W. Tozer)
Um conceito distorcido de Deus nos leva a uma falsa intimidade ou a um excesso de intimidade, o que acaba sendo a mesma coisa.
A Bíblia Sagrada é o manual de adoração por excelência e não podemos prescindir dela se quisermos adorar a Deus como se deve. Quando vamos a ela e nos deparamos como expressões como: “Pensavas que eu era teu igual?” (Sl 50:21)
Os anjos clamavam: santo, santo, santo é o Senhor dos Exércitos, toda a terra está cheia de Sua glória. Isaías declarava: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos!
Você o que diz quando está diante de Deus?
Em muitas igrejas falta este sentimento de reverencia a presença de Deus no culto. As pessoas se comportam de qualquer maneira. Não se dá a devida importância a leitura das Escrituras e a pregação da palavra.
Pessoas testemunhavam que Martin L. Jones lia a Bíblia com tanta reverência que se sentia a presença de Deus.
A cultura cristã de hoje não sabe ou não entende o que é reverência. Acham que reverência é fica de pé para lê as Escrituras. Ou mudar a tonalidade da voz.
Adorar com reverência é um sentimento que deve ser natural. É ouvir a pregação da palavra como se daquelas palavras dependesse toda a sua vida.
O ato de adorar segue um padrão estabelecido por Deus, não é de acordo com a nossa compreensão.
Deus não receberá a nossa adoração a luz da nossa compreensão, mas a luz da Sua Palavra. Ap 1:17 – 18 / Hb 12:28 – 29.
A reverência que manifestamos no culto é uma resposta da nossa compreensão de Deus. Por perde a dimensão de quem é Deus, muitos busca adorá-lo sem reverência.
Alguns acham que culto é lugar de repouso, por isso temos tantas pessoas a vontade e os que dormem.
Outros acham que culto é ir à praça pública, se vai de qualquer jeito, a qualquer hora, fazendo o que dá vontade.
Temos aqueles que não respeitam á hora, vestem qualquer roupa, homens que vão ao culto de short, e aqueles que aproveitam o culto para brincar com as crianças, fazer caretas para os amigos, etc.
Expressões como as que encontramos nos anjos e em Isaías nos dão conta do abismo infinito que existe entre nós e o nosso Deus, que nos colocam em nosso lugar gerando em nós um senso de intimidade reverente.
Creio então que a primeira situação que manifesta a maravilhosa graça de Deus na adoração é através de um sentimento de reverência a Deus.
Um segunda situação que é manifestada a graça na adoração é:
2. Na atitude de Deus em nos aproxima dEle. V.6-7
Isaías sentiu essa maravilhosa graça. Um anjo voou em direção a ele, e na purificação promovida por Deus, Isaías pode estar na presença de Deus.
Houve um momento no céu que Deus puxou a espada da ira e a cravou em Cristo. Isto ocorreu na cruz do calvário.
O ato de adorar ocorre por que Deus por Sua graça nos aproximou dEle por meio de Cristo.
A verdadeira adoração além de estar centralizada em Deus está centralizada também na obra e sacrifício de Cristo.
Quando João Batista viu a Jesus logo declarou: “eis o cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo”.
Jesus sofreu os nossos sofrimentos, Ele morreu a nossa morte, Ele recebeu a ira que pertencia a nós. Tudo o que eu e você não podíamos fazer para nos aproximarmos de Deus, Ele fez.
Em Cristo somos purificados e temos então acesso a Deus. I Jo 1:7 / I Jo 3:3
Muitas igrejas e muitos crentes ainda não entenderam isso, por isso eles classificam igrejas e cultos de acordo com seus interesses. Vejamos alguns textos:
• Sl 4:6-7 – Alegria maior que uma safra abundante?
• Sl 27:4 – Em meio a perseguição o normal seria pedir liberdade, Davi pede a presença de Deus.
Em muitas igrejas a obra de Cristo e o seu sacrifício está em segundo plano. A cruz do calvário serve apenas de isca, é um meio para as pessoas chegarem a igreja. Então vem a prosperidade e outras coisas mais.
Estas igrejas bem como muitos que estão na igreja do Senhor esqueceram ou ignoram que a obra de Cristo, o seu sacrifício é o inicio, o meio e o fim da nossa união com Deus.
Perderam a cruz de vista. Não enxergam a cruz do calvário. Devemos saber que se a obra e o sacrifício de Cristo não estar em nossa adoração, ela é vazia. Sem Cristo não há culto, não há adoração.
Creio então que a primeira situação que manifesta a maravilhosa graça de Deus na adoração é através de um sentimento de reverência a Deus.
Um segunda situação que é manifestada a graça na adoração é a atitude de Deus em nos aproxima dEle. Isaías foi purificado e pode adorar ao Senhor. Em Cristo somos purificados e podemos nos aproximar de Deus.
Que Deus nos abençoe.

Pastor Denilson

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