Existem várias maneiras de responder a pergunta acima. Alguns dizem: "A Bíblia? É apenas mais um livro. Tem algumas palavras de sabedoria aqui e ali, misturadas com um monte de genealogias, mitos e visões malucas". Obviamente este grupo representa a resposta típica do mundo secular. É o grupo que não conhece a Cristo; aceita apenas aquilo que parece estar de acordo com a sabedoria mundana. Para eles, a Bíblia tem pouca importância e ainda menos autoridade.
Um segundo grupo de pessoas diz algo mais ou menos assim: "É claro que sei que a Bíblia é importante. Pelo menos meu pastor pensa assim. Ele está sempre citando a Bíblia e brandindo-a no ar. Mas eu não leio muito a Bíblia, pois não consigo entender bem o que ela diz". Este grupo inclui uma grande quantidade de freqüentadores de igrejas e até mesmo cristãos professos. Sabem que a Bíblia é importante e que deveria ser uma prioridade e uma regra de prática nas suas vidas, mas não fazem muito uso pessoal dela. Negligenciam totalmente seus ensinamentos. Ou então passam por ela levianamente, raramente abrindo a Bíblia por si mesmos, dependendo quase que absolutamente de pastores, professores ou pregadores para lhes darem "explicações". Não aplicam o que a Bíblia ensina. A Bíblia permanece um mistério, um livro confuso, o qual têm de engolir com bravura, como "óleo de fígado de bacalhau", todas as manhãs antes do café.
Em um dos seus livros, o Dr. John MacArthur Jr. faz referência ao terceiro grupo, citando o exemplo de sir Walter Scott, famoso novelista e poeta britânico e que era também cristão devoto. Diz-se que quando Scott estava em seu leito de morte, pediu ao secretário: "Traga-me o Livro". Seu secretário pensou nos milhares de livros que Scott tinha em sua biblioteca e perguntou: "Dr. Scott, qual livro?". "O Livro", replicou Scott, "A Bíblia, o único livro para um homem moribundo!" E todo cristão comprometido teria de acrescentar que a Bíblia não somente é o único livro para um moribundo, mas também é o livro para um homem cheio de vitalidade, porque é a Palavra de Deus. Este terceiro grupo, portanto, encara a Bíblia de forma bem diferente. Para eles, a Bíblia é viva, literalmente pululando de verdades empolgantes. Este grupo não vive apenas de pão, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Mt 4.4).
Em qual das três categorias você se encaixa?
Talvez, entretanto, você esteja pensando que não se encaixa em nenhuma dessas categorias. Se você é como um grande número de cristãos, fica em algum lugar entre o segundo e o terceiro grupo. Você deseja que a Bíblia seja mais importante em sua vida. Quer se submeter à sua autoridade, mas a própria vida mantém a Bíblia distante. Para qualquer lado que se volte, você é seduzido, ou intimidado a esquecer os ensinamentos das Escrituras.
Convém, entretanto, firmar dentro de nós uma verdade básica. Em um mundo de pensamentos relativistas, no qual não existem absolutos, a Bíblia permanece como a autoridade absoluta para o cristão. A Bíblia é a Palavra de Deus, não as idéias, opiniões e filosofias de outra pessoa. Não é nem mesmo uma antologia dos melhores pensamentos dos melhores pensadores. A Bíblia é a Palavra de Deus. Tem ela várias características e qualidades que a tornam extremamente importante em nossa vida.
Você já parou para considerar atentamente as reivindicações que encontramos na Bíblia acerca dela mesma? Já parou para refletir acerca do significado da reivindicação de ser ela a Palavra de Deus?
Pr. Gilson Santos